Apesar da dependência emocional consistir de uma terminologia recente da psicologia, ela sempre existiu de alguma maneira nas relações humanas. Isto é, uma das principais características da nossa sociedade são as relações interpessoais. Sendo essa habilidade de crer e confiar, um dos motivos pelos quais sejamos hoje uma sociedade tão eclética, complexa e tecnologicamente desenvolvida.
Contudo, em algumas ocasiões, muitas vezes por consequência de algum trauma ou até mesmo por questões culturais, nutrimos relações de dependência emocional. Nesse sentido, ela se desenvolve como uma necessidade de que outras pessoas assumam a responsabilidade das nossas vidas. Ou seja, um vínculo bastante nocivo para as pessoas envolvidas. Por isso, nesse artigo vamos expor algumas das características desse tipo de relação, como identificá-la e por último, uma maneira de vencê-la.
Quais os conceitos da dependência emocional?
De certo modo a dependência emocional poderia ser definida de muitas maneiras, muitos profissionais tratam de defini-la sem chegar realmente a compreendê-la. Desse modo, na cultura pop existem muitas fórmulas mágicas ou até mesmo conceitos que a classificam, desde relacionamento tóxico até o novo conceito de inteligência emocional.
Entretanto, a dependência emocional se entende por uma necessidade extrema de caráter afetivo que uma pessoa sente em relação a outra pessoa. Em outras palavras, se trata de uma compulsão e um desejo extremo de estar com a outra pessoa, como de receber a aprovação dela para poder sentir-se feliz.
Como surge a dependência emocional?
Geralmente algumas pessoas serão mais predispostas em viver situações de dependência emocional. Nesse sentido, histórias traumáticas que podem se desenvolver de diversas maneiras são usualmente a razão pelas quais algumas pessoas desenvolvem esse tipo de relacionamento.
Por isso, a dependência emocional normalmente se desenvolve a partir da infância. Isto é, os indivíduos que se convertem em pessoas dependentes emocionais tendem a desenvolver relações disfuncionais. Ainda mais se existe uma vinculo por autoridade e submissão por parte das pessoas envolvidas.
Características principais
Habitualmente quem sofre dessa condição são indivíduos com uma necessidade extrema de contato permanente com uma pessoa amada e as pessoas mais próximas. De fato, respaldados pela necessidade imediata de contato oferecidos pelos avanços tecnológicos atuais, essas pessoas encontram uma maneira de perpetuar esse padrão de relacionamento abusivo.
Portanto, caracterizamos os dependentes emocionais por possuírem muito pouca tolerância a solidão. Ou seja, o medo irracional de estar sozinho e incapacidade de viver experiências desacompanhado são os sintomas mais evidente de uma pessoa emocionalmente dependente.
Como aprender a não ser dependente emocional?
Em primeiro lugar, o reconhecimento da condição de dependente emocional representa o primeiro passo para poder enfrentar esse problema. Sendo assim, viver com esse medo irracional da solidão pode ser uma experiência bastante desafiadora e por isso, o auxílio de um psicólogo será fundamental.
Outro fator que também influência muito na hora de abordar o problema com intuito de encontrar soluções está vinculado a intensidade do tipo de relação. Dessa maneira, quando ocorre em um menor grau, a terapia cognitiva de conduta e a aprendizagem de ferramentas sociais, são os dois fundamentos básicos para reverter e superar certos padrões de conduta.